"Os peixes (barriga chêia de moscas, junho profundo,
Passando o tempo na tarde molhada)
Meditam sabedorias, obscuras ou claras,
Cada esperança e medo secretos.
Os peixes dizem: eles têm seu Riacho e o seu Lago;
Mas haverá alguma coisa Além?
Essa vida não pode ser Tudo, juram,
Pois que desagradável se fosse!
Não se deve duvidar que, uma hora, o Bem
Nascerá da àgua e do Lodo;
E o olho reverente terá de ver
Um Propósito na Liqüescência.
Sabemos misteriosamente, com Fé dizemos,
O futuro não é o Seco Absoluto.
Do lodo ao lodo!- A Morte fecha o cerco-
Não é aqui o Fim, não é!
Mas em algum lugar, além do Tempo e do Espaço,
A água é mais molhada, o limo mais limoso!
E lá (confiavam) nadava Aquele,
Que nadou onde os rios surgiram,
Imenso, forma e mente peixais,
Escamoso, onipotente e bom;
E sob a Todo-Poderosa Escama,
Os menores peixinhos ficarão.
Oh! Jamais a mosca esconde o anzol,
Dizem os peixes, no Riacho Eterno,
Mas há lá ervas incríveis,
E lodo, celestialmente abundante;
Lagartas gordas flutuam,
E larvas paradisíacas;
Mariposas eternas, moscas imortais,
E o verme que nunca morre.
E naquele Céu tão desejado,
Dizem os peixes, terra não haverá.
(Rupert Brooke)"
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
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